O Hospital Municipal de Mogi das Cruzes foi idealizado para ter um modelo de gestão sustentável. E tem atingido este objetivo, por meio de medidas como a separação seletiva do lixo, o reuso da água da chuva, e a utilização de painéis solares para geração de energia. Iniciativas que colocam o hospital em um patamar de referência de serviço público que prioriza a sustentabilidade.
A separação seletiva dos resíduos é feita por meio de coletores individualizados. Cada tipo de material - plástico, papel, metais e orgânicos - conta com um recipiente específico para a dispensa. Além da separação obrigatória dos materiais infecciosos, que já tem um serviço de coleta.
O mecanismo de reúso utiliza uma cisterna, com capacidade para até 17 mil litros. O sistema possibilita que todos os vasos sanitários utilizem a água da chuva, que antes de chegar ao seu destino passa por um processo de filtragem. Caso seja necessário, principalmente neste período de estiagem, as caixas de reuso utilizam água potável.
A iniciativa possibilita uma redução do uso de água potável, o que contribui para a redução dos custos públicos para tratamento e distribuição da água, diminui o custo da fatura do serviço e reforça o conceito de economia sustentável.
Já a captação de energia solar é realizada por 60 painéis instalados na parte superior do prédio. Tudo o que é captado por eles é utilizado no aquecimento da água de chuveiros e torneiras.
O coordenador de manutenção do hospital Giovani Santana explicou que, além da economia mensal no gasto com energia elétrica, os painéis necessitam de uma manutenção simples, quando comparado a um sistema totalmente elétrico ou a gás. “A própria instalação dos equipamentos necessários foi mais rápida e mais barata”, detalhou o coordenador.
Um aquecedor solar gasta, em média, R$ 0,03 por litro de água aquecida, enquanto um aquecedor de gás consome R$ 0,64, e um chuveiro elétrico R$ 0,89, segundo o Centro Sebrae de Sustentabilidade.
Para aquecer a água em dias de tempo fechado, existe a possibilidade de utilizar o Gás Liquefeito de Petróleo, o GLP.
Toda esta gestão sustentável possibilita uma melhor administração dos sete pavimentos do Hospital Municipal, que contam com 91 leitos, sendo 69 leitos de internação, 10 leitos de UTI – Unidade de Terapia Intensiva e 12 leitos de observação.